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Guerreiro durante o jogo desta tarde contra a Ponte Preta. Por GE |
Por Sturt Silva
1- Muitos lançamentos, principalmente pelo alto, para Guerreiro. Os técnicos adversários estudam os esquemas táticos, os pontos fortes e fracos dos times que vão enfrentar. Só os “cegos” não percebem a “dependência Guerreiro” no sistema ofensivo do Flamengo. Lógico que sempre vão fazer marcação individual no nosso camisa 9, principalmente depois dos bons jogos (e gols) nas primeiras partidas. Então: insistir nos lançamentos depois disso é “burrice”. Mesmo quando ele consegue receber as bolas livre de marcação não tem acertado o gol como antigamente.
2- O problema não é jogar com um punhado de volantes, o problema é jogar com vários jogadores, no meio campo, que não sabem sair jogando com a bola dominada. Então: entre Márcio Araújo, Cáceres, Jonas, Canteros e Luis Antônio não se pode escalar mais que dois, a não ser em um momento muito peculiar (como sem opção no banco, ganhando de goleada, etc.).
3- Emerson sempre quer resolver individualmente, o que vem matando algumas de nossas jogadas. Com as novas orientações da CBF, de deixar o jogo corrido, e principalmente contra equipes bem fechadas (como foi o caso de hoje) a opção pela jogada individual de Emerson acaba sendo um problema. Por mais que seja um dos mais esforçado, um dos que tem melhor condicionamento físico (apesar dos 36 anos) e, tecnicamente, um dos melhores em campo.
4- A entrada de um velocista, sendo que sempre temos no mínimo dois jogadores com tal característica em campo. Hoje Borges optou por Gabriel. O físico de Gabriel não ajuda, não consegue armar jogadas e sua velocidade também não está se destacando. Assim como estava acontecendo antes, com Paulinho.
5- César Martins jogando e Samir no banco. Borges disse que ele estava no banco por que a zaga não estava tomando gols. Ou seja: parece não ser problema físico ou médico. Tecnicamente Samir é um dos melhores zagueiro que o campeonato tem.
Demitir treinador é solução?
Depois da derrota contra a Ponte Preta, a maioria já achou o culpado: o treinador. A questão é que muitos desses que dizem saber mais que o treinador, que pedem o “Fora Cristovão” não vivem o dia-a-dia do Flamengo, não vão aos treinos, não são profissionais da área e estão vendo os jogos pela TV. E ainda querem me convencer que fazem uma leitura de jogo, incluindo como saber escalar, substituir e montar esquemas táticos melhor do que o treinador?
Com o campeonato no meio, com um elenco bem limitado e com jogadores jogando abaixo do nível que esperamos não sei se a saída do Borges é solução. Só se for para trazer um técnico de ponta, mas nós sabemos que é bem capaz de vir qual quer um desempregado, inclusive demitido da mesma forma que o nosso. E mesmo se vir um bom pode não dar certo. Afinal o primeiro fundamento que devemos levar a sério para que os objetivos sejam alcançados é o planejamento. E o tempo para o de 2015 já passou.
Outra alternativa seria trocar por um treinador da casa: ganhamos o Brasileiro com Andrade em 2009 e a Copa do Brasil com Almeida em 2013. No entanto, seria uma escolha mais relacionada à filosofia do Flamengo do que uma escolha profissional (que teoricamente deveria priorizar a escolha de um treinador que tem um esquema tático moderno e currículo vencedor).
Mas como o presidente Bandeira já disse: só faz sentido a demissão do treinador caso este perca o controle do grupo. E será que isso já está acontecendo?