Se a CBF reconhece o Sport como o campeão brasileiro de 1987, a última instância no esporte à época, o Conselho Nacional de Desportos (CND), declarou o Flamengo como campeão brasileiro daquele ano.
– Em 1987, ainda vigorava a Lei 6251/1985, que firmava o CND como a última instância no esporte brasileiro. As federações não tinham autonomia para dar a última palavra em questões jurídicas. A CBF aceitou o fato de o Clube dos 13 organizar e, depois, intrometeu-se para não ficar em baixa. O C13 não aceitou e recorreu ao CND, que declarou o Flamengo, por unanimidade, campeão brasileiro – explica Manoel Tubino, presidente do CND no ano da polêmica Copa União.
Tubino explica que até 1988, quando entrou em vigor a nova Constituição, aí sim as federações passaram a ter autonomia para ser a última instância em decisões relativas ao esporte.
- Como já falei, aquela intervenção não cabia e a CBF se incomodou com o fato de o Clubes dos 13 ter promovido uma revolução. A partir disso, com a competição em andamento, a CBF, à época presididida por Octávio Pinto Guimarães e com Nabi Abi Chedid como vice, intrometeu-se, mudando a regra do jogo. O Clube dos 13 firmou seu propósito de seguir o que foi acordado em um primeiro momento, negando-se a deixar que qualquer de seus representantes disputassem o cruzamento proposto pela CBF - prossegue Tubino.
O ex-presidente do CND segue criticando a CBF, mostrando que a decisão de declarar o Sport como legítimo campeão de 1987 não foi a medida mais correta.
- Com a abstenção do Clubes dos 13 desta decisão, respeitando o que já tinham acordado antes de Flamengo e Inter fazerem a final, após o campeonato a CBF declarou o Sport campeão. Com isso, o C13 recorreu ao CND e declaramos, por unanimidade, o Flamengo campeão brasileiro, em reunião extraordinária, conduzida pelo relato Álvaro Mello Filho - firma.
Com o objetivo de resgatar a memória dos torcedores mais antigos e revelar novidades para os mais jovens, Tubino explica que o CND, à época do tetra rubro-negro entidade máxima do esporte brasileiro, foi criado em 1941 pelo decreto 3199/1941, em pleno Estado Novo, quando o país era presidido por Getúlio Vargas. João Lyra, um sociólogo, foi o criador do decreto que pôs Estado junto ao esporte brasileiro.
Fonte: LanceNet
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