Podia escrever muita coisa sobre o empate do FLAMENGO diante do Náutico no Maracanã, neste último domingo (2). Mas encontrei um bom texto que reflete basicamente o que escreveria nesse espaço ,por isso acabei unindo o "útil ao agradável" e reproduzo-o aqui no blog.
O texto abaixo é a coluna na intriga do controlador de tráfego aéreo Cesar perboyre do site Flamengo RJ (Edmilson Lani).
Mais um resultado ruim e, mesmo sabendo quanto equilibrado é o campeonato, não ganhar do Náutico jogando em casa é uma prova de que dificilmente o Fla conseguirá algo mais nesse campeonato. Entendo algo mais como uma vaga da libertadores que é um bom prêmio, mas não pode nunca ser tratado mais do que um prêmio de consolação. Times como o Flamengo tem que mirar o título de qualquer competição que dispute.
Não quero ser daquele tipo que depois do fato consumado solta a famosa “eu não falei?”, mas era evidente que a escalação do Flamengo contra o Náutico iria atrapalhar as pretensões do próprio Fla dentro do jogo. Como previsto, faltou força ofensiva para o meio chegar no ataque. Esse fato é tão verdade que a entrada do Petkovic, como meia de ligação foi que ditou a melhora do jogo de nosso meio campo no segundo tempo. Kleberson, por mais que seja bom tecnicamente e por mais que tenha ótima movimentação e visão de jogo, não tem vocação para ser camisa 10.
O Náutico fez seu papel. Foi para o maracanã disposto a não perder e não deve ter acreditado na sua sorte quando viu a escalação do Flamengo. E o clube pernambucano deve ter ido aos céus quando fez seu gol na frente de nossa confusa e desorganizada zaga.
Aliás, esse jogo contra o Náutico é mais uma demonstração que o Flamengo, se quiser ter algum sucesso no campeonato, precisa urgentemente de um zagueiro mais experiente, mais tarimbado. Angelim parece meio perdido no meio de tanta gente jovem (Wellington 20, Fabrício 19, Airton 20, Toró 23 e Williams 23). Foram vários chutões para qualquer lado quando havia espaço para dominar e sair jogando, foram vários lançamentos precipitados logo rebatidos quando tinha que sair tocando de pé em pé e, principalmente, foi uma correria alucinada para marcar tão poucos jogadores adversários que se arriscavam no nosso campo.
O Náutico não teve vergonha nenhuma de jogar com todo mundo atrás da linha da bola. Sei que ontem não era jogo para golear ou ganhar dando show (coisa que nenhum time tem feito nesse campeonato), mas não era para termos corrido o risco de perder para o Náutico como verdadeiramente corremos. Dava para ter matado as jogadas ofensivas do Náutico fazendo marcação individual encima do atacante deles, talvez o único homem de habilidade que eles têm no elenco. Até agora não entendo porque ou Williams ou Toró não colou no cara.
Outro fato que irritou bastante foram os erros de passe. Os jogadores do Flamengo não aprendem mesmo. Contra um time que usa a estratégia de jogar no erro do adversário, a chave para conseguir alguma coisa é movimentação e não errar os passes. O Flamengo fez tudo ao contrário. Entregou-se à marcação adversária e errou passes de meio metro (estou pensando agora que já vi esse filme milhares de vezes). Para vencer, precisa se arriscar, mas ontem o Fla não se arriscou, foi descuidado, desconcentrado e estabanado mesmo.
Tudo bem, os jogadores estavam cansados, não dava para manter uma movimentação constante. Então foi contra-senso tentar jogar na base da correria, já que os jogadores estavam numa situação física tão crítica. Deviam ter jogado com muitas trocas de passe, muita paciência, mas fizemos o inverso, quisemos impor uma correria e depois não tivemos fôlego para agüentá-la. Prever o desgaste da partida anterior (que de fato aconteceu, pois o Fla jogou na quinta a feira à noite e precisou virar um jogo contra o então líder do campeonato) e saber como trabalhar com esse desgaste na partida seguinte chama-se planejamento de jogo. Faltou planejamento de jogo contra o Náutico.
Sobre os jogadores, sem dúvida a entrada do Petkovic (qual a contratação eu não botava fé nenhuma) corrigiu a exagerada postura defensiva do time. Ele conseguiu abrir espaços no meio, função qual o Kleberson não conseguiu fazer. Kleberson acabou fazendo o que estava fazendo muito bem quando ainda tínhamos o Ibson, jogadas pelos lados do campo. Também creio que terminou para o Zé Roberto. Eu mesmo, que várias vezes defendi o Zé Roberto, ontem me irritei muito com a pouca participação dele. Ele podia ao menos ter se movimentado e dado opções para os colegas, mas parece que ele fez questão de manter-se sempre escondido. Com certeza agora o Zé Roberto vai para o final da fila de novo. O Léo Moura ficou bravinho por ter sido vaiado, mas a verdade é que até as vaias começarem ele fazia mais uma partida pífia. Até acho que depois ele jogou bem, se dedicou e correu muito, mas precisa ser vaiado para jogar bem? Tenho certeza que ele não receberia vaias se tivesse jogado com determinação desde o começo da partida.
Mais um resultado decepcionante no maracanã. E assim vemos vários adversários nos ultrapassando, como foi o caso do São Paulo e Grêmio, times que, diferente de Barueri, Goiás e Vitória, não devem cair de produção durante o campeonato. Ou seja, ser ultrapassado por eles agora significa que vamos ter muito mais trabalho para chegar às cabeças.
Andrade foi efetivado, tem alguma culpa no empate por insistir numa escalação exageradamente defensiva contra um time que veio só para se defender, mas não é hora de criticar. É só o terceiro jogo dele no comando e todo técnico precisa de um tempo para colocar suas idéias em ação. Ele disse que pretende fazer mudanças e assim merece credibilidade. Creio que contra o Goiás, já vamos ver um Fla mais ofensivo. Andrade, nas entrevistas dessa segunda feira, disse que gostou do Petkovic e pode escalá-lo para municiar Adriano e o estreante Denis Marques. Seria uma ótima escalação e a se queremos ganhar os jogos, vamos mesmo precisar de mais ofensividade.
A coluna original encontra-se nesse endereço:
http://www.flamengorj.com.br/coluna.asp?codColuna=727.
Concordo com o colunista...
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