Joel: 'Não é de outro mundo jogar na altitude'

A diretoria do Flamengo participa de uma cruzada contra os jogos em atitudes elevadas. Para Joel Santana, tudo bem. No entanto, no próximo dia 9 de abril, a equipe tem um jogo decisivo marcado a 3.360m acima do nível do mar, em Cuzco, contra o Cienciano. E, por enquanto, não há escapatória. O Rubro-Negro precisa entrar em campo e segurar, pelo menos, um empate para não depender de ninguém para avançar de fase na Taça Libertadores.

O treinador do Fla evita envolver-se nos problemas políticos que a visita à altitude podem acarretar. A função dele, no momento, é mostrar aos jogadores que o ar rarefeito não é um monstro indestrutível.

- Temos de colocar na cabeça dos nossos jogadores que não é coisa de outro mundo jogar lá em cima - declara.

Segundo o planejamento da comissão técnica, a princípio, o Flamengo embarca na segunda-feira , dia 7 de abril, para Lima. De lá, a delegação segue em vôo fretado para Cuzco no dia da partida.

Joel observou a partida do Cienciano contra o Nacional - o time peruano venceu por 2 a 1 - e fez questão de desmistificar o bicho-papão.

- Achei um jogo bem normal, com um gramado muito bom. O time do Cienciano tem aquele baixinho pela esquerda (Chiroque) e o japinha (Sawa) que incomodam bastante. Mas vamos traçar nosso planejamento de acordo com os fisiologistas - diz o treinador.

Cruzada contra altitude começou em Potosí

Em 2007, o Flamengo foi a Potosí, na Bolívia, e sofreu com os 4.000 metros de altitude. Quase todos os jogadores passaram mal e precisaram do auxílio de balões de oxigênio. Desde então, a diretoria do clube adotou uma postura radical contra jogos acima de 2.750 metros de altitude. Recentemente, o presidente Marcio Braga esteve na Europa para conseguir aliados ao veto de partidas em alturas elevadas. Por enquanto, a resolução só se aplica em competições organizadas pela Fifa.

Fonte: Globo Esporte