Nota zero. O presidente do Flamengo, Marcio Braga, não foi benevolente ao analisar o trabalho do fornecedor de material esportivo do clube. O caminho natural para tamanha insatisfação seria, até a noite de terça-feira, a rescisão do contrato.
Contudo, uma ligação da Rússia deu uma sobrevida à relação Nike-Flamengo. Um dos vice-presidentes da empresa, Ricardo Colombini concordou com todas as críticas de Marcio Braga e foi ainda mais duro.
- Ele me disse que se eu dou nota zero, ele dá menos um para os serviços prestados pela Nike. Tenho 30 anos de Flamengo e nunca vi o clube ser tão mal tratado por um parceiro - diz Marcio, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.
Mas o que há de tão errado na relação? A questão é complexa e se arrasta por meses. A Nike está aliada ao Flamengo desde a gestão Edmundo Santos Silva, no ano 2000. Mas o relacionamento azedou quando a empresa começou a atrasar o fornecimento de material.
Em diversos momentos, o clube teve de usar peças antigas. Nos bastidores, os jogadores costumam ironizar a situação. Um deles, o goleiro Bruno, chegou a criticar publicamente a empresa por não ter sequer uma camisa de jogo. Ele atuou em algumas partidas com o uniforme de treino adaptado.
Recentemente, a companhia americana enviou um uniforme de basquete sem a aprovação do Flamengo. De acordo com os dirigentes, as cores usadas não correspondem ao padrão rubro-negro e a atitude já seria passível de rescisão contratual. A demora da fornecedora em dar uma resposta impediu que o clube fechasse um contrato de licenciamento com a Warner.
Atualmente, a Nike paga R$ 9 milhões anuais. Há propostas de outras empresas que chegam à casa dos R$ 20 milhões. Recentemente, o atual fornecedor ofereceu um reajuste e prometeu melhorar a relação. Não adiantou muito.
Na última segunda-feira, durante o lançamento do terceiro uniforme, ocorreram mais dois fatos constrangedores. Para divulgar a camisa foi utilizado uma foto de um muro da Gávea caindo aos pedaços.
- O Flamengo foi agredido por eles. Custei a acreditar que um parceiro nosso seria capaz de uma atitude tão agressiva - declara Marcio Braga.
A pedido da diretoria do Fla, o material foi retirado imediatamente do site da empresa.
Outra saia-justa envolveu o outro patrocinador. A Petrobras chiou quando viu que na camisa - cuja estréia será no próximo sábado - o produto anunciado é o "Cartão Petrobras", que não existe mais.
- Realmente houve um equívoco. Estamos anunciando algo que não existe mais. Temos de mudar isso o quanto antes. Se a Petrobras quer a volta do Lubrax, temos de atendê-los - explica o presidente do Flamengo.
Por enquanto não há prazo para a resolução do problema. Como tem contrato em vigor até junho de 2009 e com alta multa rescisória, o Rubro-Negro precisa esperar se não quiser passar por uma desgastante batalha judicial.
- Não estou otimista e nem pessimista. Só quero o melhor para o Flamengo. Vamos ver o que eles vão fazer. Mas estou muito, muito, muito insatisfeito com a Nike - encerra Marcio Braga.
Conclusão:
O Flamengo irá esperar o fim do contrato em 2009, ou seja, pelo que eu entendi o acordo será mantido. O que é uma pena para um clube como o Flamengo com propostas de Olympikus e Adidas superando a casa de R$ 17 milhões ficar preso ao contrato.
Mas vale a pena dizer que a diretoria está completamente certa ao aguardar o fim do contrato caso isso venha acontecer, o que é o mais provável, pois isso evitaque o Flamengo pague uma multa rescisória altíssima endividando ainda mais o clube.
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