O Flamengo, que começou o ano cheio de ambições no futebol, conclui o primeiro semestre com desempenho apenas regular tendo em vista o peso que lhe foi imposto com as vindas, principalmente, da dupla Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho. Além da enorme expectativa que torcida, imprensa e os próprios jogadores geraram em relação às exibições do time após a pré-temporada nos moldes do professor Vanderlei: elenco longe da cidade, num CT apropriado, com treinos em dois períodos e todos os “mimos” possíveis que o técnico exige nas equipes que comanda.
Mesmo sem muito brio de suas principais estrelas e com atuações questionáveis, o time precisou apenas de dois meses para lançar o bonde sem freio depois de passar para as finais da Taça Guanabara com vitória nos pênaltis sob o time sem cor de General Severiano. O título, mais que obrigatório, veio encima do pequeno Boavista com gol de R10, esperança de melhores apresentações e consolidação do bonde.
Apesar das críticas ao time e ao treinador, sobretudo por conta do veto ao atacante Adriano e instabilidade do ataque, a regularidade foi mantida no segundo turno. Automaticamente na decisão do campeonato, o relaxamento foi notório, embora mantida a invencibilidade. Sem nenhuma derrota o Flamengo levantou a taça pela 32ª vez. No entanto, apenas duas vitórias em tempo normal nos seis clássicos disputados deixaram o time à mercê das desconfianças após o término do Estadual.
Na Copa do Brasil, depois de passar com facilidade pelas primeiras fases o bonde passou a dar sinais de que não permaneceria mais ileso por tanto tempo com o empate contra o Horizonte no Rio de Janeiro. A vitória com facilidade no nordeste serviu apenas para maquiar a falta de padrão tático e indefinição do time titular que foi a causa de uma boa pitada de insatisfação da torcida rubro-negra.
Sempre tive a convicção de que seqüência de boas atuações pode até não ser garantia de vitórias, mas certamente aumenta as probabilidades delas virem. No Campeonato Carioca, o Manto jogou sozinho, embora clamasse para seus modelos ajudassem um pouco no bom trato com a bola. Bastou bater de frente com o primeiro time fora do Rio na elite do Brasileirão para vir o choque de realidade. Merecidamente eliminado pelo Vozão nas quartas-de-final há quatro jogos da chance de ser campeão e carimbar o passaporte para a Libertadores 2012, o Mengão forçadamente cai na real de que precisa se ajustar bastante para o restante da temporada. Frearam o bonde. Foi bom enquanto durou, mas cá entre nós, há tempos vinha tendo efeitos colaterais que eram escondidos atrás da tal invencibilidade.
Agora o foco total é no campeonato brasileiro. Bom saber que o clube busca reforços pontuais para a longa competição. Que o bonde volte a perder o freio, mas andando em linha reta sobre os trilhos. A tríplice coroa ainda é sonho possível e se o bom futebol passar a ser jogado, a Maior Torcida do Mundo volta a fazer a diferença.
David, adicionado!
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